Imagem: Área check-in Gol linhas aéreas
Autor: Eraldo Costa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta quarta-feira (1º), um decreto de GLO, Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que intensificará restrições, fiscalizações e vigilância no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O decreto, vigente até maio de 2024, envolve a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal no combate ao crime organizado.
As operações se concentrarão nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), além dos portos de Santos e Itaguaí, no Rio de Janeiro, sob controle federal.
É importante destacar que essas ações não impactarão as operações das forças de segurança estaduais, não substituindo as polícias locais. Além disso, o governo anunciou medidas para reforçar a fiscalização nas fronteiras dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Nessas áreas, não é necessário decretar a GLO para a atuação das Forças Armadas. Um total de 3,7 mil militares do Exército (2 mil), Marinha (1,1 mil) e Aeronáutica (600) serão mobilizados de acordo com seus respectivos comandos.
A inclusão do Aeroporto de Guarulhos na medida de GLO é crucial, considerando que este é um dos principais terminais aéreos do Brasil, com um movimento diário de milhares de passageiros e toneladas de carga. Essa intensa movimentação o torna uma área de interesse para grupos envolvidos em atividades ilícitas, tais como contrabando, tráfico de drogas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Além disso, visa lidar com recuperação de ativos associados ao crime organizado.
O presidente Lula ressaltou que a Polícia Federal ampliará ações de inteligência, prisões e apreensões de bens ligados a quadrilhas e milícias, com foco especial no Rio de Janeiro.
Estas medidas refletem a preocupação do governo em reforçar a segurança nos aeroportos e portos, garantindo a integridade das operações e combatendo o crime organizado. A decisão resultou de quatro meses de discussões e envolveu a criação de um comitê de acompanhamento integrado das ações de segurança, liderado pelos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Mucio.
Fonte: www.agenciabrasil.ebc