Foto: Leonardo Amaro/Metrópoles.
Redação: Eraldo Costa
No dia 28 de novembro, o sindicato dos trabalhadores de água, esgoto, saneamento e meio ambiente de São Paulo, em conjunto com os funcionários da Sabesp, decidiram pela paralisação em solidariedade aos metroviários, ferroviários e profissionais da educação, com uma greve prevista de 24 horas. Este protesto tem como alvo o projeto privatista do governador Tarcísio de Freitas, que não se restringe à Sabesp, abrangendo também o metrô, a CPTM e a educação. A decisão pela greve foi aprovada durante uma assembleia nesta quarta-feira (22), com 93% dos presentes votando a favor da paralisação.
A mobilização visa manifestar oposição ao projeto de privatizações do governador do Estado de São Paulo, para os setores de saneamento e transporte, somado à retirada de recursos da educação. A greve unificada ganha mais corpo com a adesão e participação da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo.
O embate entre a inflexibilidade do governador Tarcísio de Freitas, cujas opiniões parecem imutáveis e inegociáveis, e os trabalhadores dos setores que se opõem à privatização resultou em uma resistência crescente. Após a expressiva adesão à greve em 3 de outubro, mais categorias se uniram aos protestos. Em recentes assembleias de diversas categorias, a adesão não se limita mais apenas aos trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM, incluindo também professores, profissionais da saúde e Fundação Casa.
Além das privatizações, a pauta da greve unificada abrange o combate às terceirizações. Nesse contexto, os manifestantes enfatizam uma conquista importante alcançada com o adiamento do pregão de terceirização da função do OTM 1, que autorizava a contratação de trabalhadores terceirizados para serviços nas estações. No entanto, os efeitos desse pregão só terão validade ao término do julgamento do processo movido pelo Sindicato contra essa terceirização, agendado para 12 de dezembro.
A convocação da categoria metroviária e demais categorias para a assembleia em 22 de novembro, com a possível greve prevista para 28 do mesmo mês, teve como objetivo discutir todas essas questões e reivindicações. A incerteza sobre um consenso a curto prazo nesse embate permanece. Caso a greve unificada se confirme, há a perspectiva de impacto e afetação em toda a população do Estado de São Paulo.
Fonte: sintaemasp.org.br / crédito de imagem metro cptm