Autor: Eraldo Costa
O recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, tomou medidas que revertem uma política implementada em 2018 por seu aliado político, Mauricio Macri. A medida anterior proibia nomeações de parentes diretos a cargos públicos, visando evitar o nepotismo. Milei assinou um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) que permite a nomeação de sua irmã, Karina Milei, como primeira-dama e secretária-geral da Presidência argentina.
Nova Abordagem e Exceções
O decreto anterior estabelecia restrições rígidas, impedindo nomeações de parentes até o segundo grau para cargos no Setor Público Nacional. Contudo, o novo decreto mantém muitas dessas restrições, exceto para o próprio presidente. Alegando o “princípio da idoneidade para acesso a cargos públicos” previsto na Constituição Nacional, Milei isentou a si mesmo das limitações, justificando a nomeação de sua irmã.
Reorganização Governamental e Redução de Ministérios
Além das mudanças nas nomeações, Milei promoveu uma significativa reorganização na estrutura governamental. O presidente reduziu pela metade o número de ministérios, extinguindo pastas importantes como Cultura, Educação, Meio Ambiente e Trabalho. O total de ministérios foi reduzido de 18 para nove. Essa reconfiguração busca uma abordagem mais enxuta do governo, concentrando esforços em áreas prioritárias.
Posse Simultânea e Impactos
A posse de Karina Milei como primeira-dama ocorreu simultaneamente à posse de nove ministros e do Chefe da Casa Civil. O evento, realizado no Salão Branco da Casa Rosada, marca um momento de mudanças significativas na administração argentina.
Essas decisões do presidente Milei geram debates sobre as práticas de nomeação governamental e indicam uma abordagem diferenciada em relação à política antinepotismo. A reorganização ministerial, apesar de manter parte das estruturas anteriores, reflete uma visão reformista na gestão pública do novo governo argentino.
Fonte: www.meionorte.com