Militares do Exército brasileiro. – Foto: Reprodução
Redator: Eraldo Costa
O Ministério Público Militar (MPM) anunciou uma investigação sobre possíveis fraudes a licitações milionárias no Exército Brasileiro, envolvendo o uso de empresas fictícias. A revelação, feita pelo Metrópoles em dezembro, apontou que as empresas estão ligadas a um contador e a um personagem envolvido no escândalo dos Correios, que culminou no Mensalão.
Investigação e Competências
O MPM tem a responsabilidade de investigar suspeitas de crimes relacionados a membros das Forças Armadas, enquanto o Ministério Público Federal (MPF) pode atuar na esfera de improbidade administrativa. As empresas em questão assinaram contratos no valor de R$ 18,2 milhões com o Exército, todas registradas em nome de jovens de 20 e 21 anos residentes no Rio de Janeiro e em Santa Catarina. Elas participaram de 157 licitações, algumas competindo entre si.
Esquema e Consequências
Segundo apurado pelo Metrópoles, as empresas são controladas por um empresário e um contador investigados pela Polícia Federal por fraudes em licitações em outros órgãos públicos. Os contratos com o Exército envolvem o fornecimento de equipamentos militares, como barracas e capacetes. Uma das empresas envolvidas confessou o uso de laranjas em conluio com o contador.
Desdobramentos e Posicionamentos
O Exército afirmou que seus critérios de seleção de empresas seguem a legislação vigente e os princípios da administração pública. A suspeita é de que as empresas de fachada tenham participado das licitações como parte de um esquema fraudulento. Os contratos abrangem itens essenciais para as Forças Armadas, e até o momento não houve pronunciamentos sobre a continuidade das investigações ou a regularidade na entrega dos materiais contratados.
Fonte: www.metropoles.com /