Redator: Eraldo Costa
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta sobre os perigos do cigarro eletrônico, também conhecido como vape, após estudo revelar que aumenta em 1,79 vezes a probabilidade de infarto. Além disso, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) impactam negativamente na incidência de aterosclerose entre seus usuários.
Componentes Químicos e Aterosclerose
Os DEFs contêm nicotina, propilenoglicol, partículas, metais pesados e aromatizantes, que induzem à aterosclerose, uma doença inflamatória crônica que pode levar a condições graves como o Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Proibição e Uso no Brasil
Apesar da proibição da venda e comercialização dos DEFs no Brasil desde 2009, cerca de 3 milhões de brasileiros fazem uso regular desses dispositivos, facilmente encontrados no mercado paralelo, especialmente entre o público jovem.
Consulta Pública da Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma consulta pública para discutir a manutenção da proibição dos DEFs, após mais de 7 mil manifestações de participantes. A consulta será encerrada em 09 de fevereiro.
Falsas Alegações da Indústria do Tabaco
A indústria do tabaco alega que os DEFs são uma alternativa de menor risco à saúde para substituir os cigarros convencionais, mas estudos indicam que jovens que fazem uso desses dispositivos têm menor propensão a cessar o tabagismo.
Riscos à Saúde Cardiovascular
O uso regular de DEFs está associado a inflamação, disfunção endotelial, lesões vasculares e desenvolvimento de aterosclerose, aumentando a probabilidade de infarto do miocárdio.
Riscos para Não Fumantes e Jovens
A comercialização e o consumo de DEFs representam uma questão de saúde pública, pois os usuários apresentam menor probabilidade de cessar o tabagismo voluntariamente, e há uma notável inclinação para a dupla utilização, que envolve cigarros tanto eletrônicos quanto regulares, aumentando os riscos à saúde.
Precaução e Manutenção da Proibição
Com base nos riscos associados ao uso dos DEFs e na dificuldade de implementar medidas eficazes de fiscalização, é crucial manter a proibição desses dispositivos no Brasil para evitar uma possível nova epidemia de consumo ou o agravamento da situação atual.
Fonte: www.oglobo.globo.com / Imagem