Redator: Eraldo Costa
Na quinta-feira (8), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso em uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados em 2022.
Prisão por Posse Ilegal de Arma de Fogo
Valdemar foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e levado para a sede da PF em Brasília. Segundo informações do G1, a arma encontrada em sua residência estava com a documentação vencida e registrada no nome de seu filho.
Inclusão na Operação a Pedido do PGR
O político foi incluído na operação a pedido do Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, após a PF apurar que os investigados teriam usado o comitê de campanha do PL, em dezembro do ano passado, para fazer ajustes à minuta do golpe.
Movimentos para Limitar Atuação do STF
A prisão de Valdemar ocorre em meio a movimentos de parlamentares para tentar limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, defende a aprovação de projetos que propõem a criação de mandatos para os ministros da Corte e a limitação de decisões monocráticas. Pacheco era um dos alvos da minuta do golpe, mas teve seu nome retirado a pedido de Bolsonaro.
Operação Tempus Veritatis
A PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares na operação Tempus Veritatis. As cautelares incluem a proibição de manter contato com os demais investigados; a proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes em até 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.
Alvos da Operação
Além de Valdemar Costa Neto, a operação tem como alvos o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022; o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército; e Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, apontado como um dos principais nomes do chamado “gabinete do ódio” instalado no Palácio do Planalto durante a gestão anterior.
Prisões na Operação
Até o momento, também foram presos na operação Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor especial do político. As medidas judiciais foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do inquérito das milícias digitais. O ex-presidente foi alvo de medidas restritivas. Moraes o proibiu de entrar em contato com investigados e determinou que ele entregue seu passaporte em até 24 horas.
Defesa de Valdemar alega que Arma Pertencia a Seu Filho
Em resposta à coluna de Igor Gadelha/Metrópoles, a defesa de Valdemar alegou que ele foi conduzido apenas para prestar esclarecimentos sobre a arma, informando que esta seria legal e devidamente registrada no nome de um filho do presidente do partido.
Fonte: www.infomoney.com.br / Imagem (Foto: Divulgação)