Operação Muditia: 13 detidos por suposta fraude em licitações públicas ligada ao crime organizado.
Redator: Eraldo Costa
A Operação Muditia, realizada pelo Ministério Público de São Paulo em conjunto com o GAECO e a Polícia Militar, resultou na prisão de 13 pessoas nesta terça-feira (16). O foco da operação é desmantelar um grupo criminoso associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), suspeito de fraudar licitações em todo o estado.
Prisões Temporárias e Apreensão de Provas
As prisões são temporárias, com duração de cinco dias, podendo ser prorrogadas e convertidas em preventivas ao final desse prazo. Segundo o promotor Yuri Fisberg, as prisões visam evitar que os suspeitos atrapalhem as investigações. Durante as buscas, foram encontradas quatro armas, mais de 200 munições, 22 celulares, notebooks e valores em dinheiro, incluindo R$ 3,5 milhões em cheques, R$ 600 mil em espécie e quase 9 mil dólares.
Alvos das Buscas e Apreensões
As investigações abrangeram 11 prédios públicos, sendo sete prefeituras (Guararema, Poá, Itatiba, Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel, Arujá e Cubatão) e quatro sedes de Câmaras Municipais (Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel, Arujá e Cubatão). O promotor Fisberg ressaltou que nem todas as prefeituras alvo da operação estariam envolvidas no esquema, e os nomes dos investigados não foram divulgados devido ao sigilo da operação.
Resposta da Câmara Municipal de Guarulhos às Acusações
Em nota à Guarulhos em Foco, a assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Guarulhos emitiu uma nota repudiando a desinformação e as Fake News veiculadas nesta terça-feira (16/04) sobre a operação do Ministério Público de São Paulo. A nota destaca que, ao contrário do que foi veiculado em alguns veículos da mídia local nas redes sociais, os vereadores de Guarulhos não estão envolvidos na operação deflagrada para apurar o esquema de fraude em licitações.
O Poder Legislativo classifica a informação veiculada como Fake News, enfatizando que ela cita de forma genérica e irresponsável vereadores de Guarulhos. A administração da Casa repudia falsas informações e esclarece que não compactua com atos ilícitos. A investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) demonstrará os verdadeiros envolvidos, destaca em nota.
Repercussão e Respostas das Prefeituras e Câmaras Municipais
Em resposta às prisões, as prefeituras e Câmaras Municipais alvo da operação se pronunciaram. A prefeitura de Poá informou que não recebeu notificação oficial sobre a operação, mas está à disposição da Justiça para colaborar. Ferraz de Vasconcelos disse estar colaborando com as investigações e reiterou seu compromisso com a transparência. Santa Isabel afirmou que não houve ações vinculadas ao Executivo da cidade, e a Câmara de Santa Isabel disse estar colaborando com as investigações, sem ter sido notificada sobre prisões. Cubatão afirmou não ter sido citada na investigação, e a Câmara Municipal de Cubatão disse estar colaborando com as autoridades, fornecendo os documentos solicitados.
Considerações Finais e Reflexões sobre o crime organizado
As recentes operações, como a Operação Muditia e a Operação Fim da Linha, ressaltam a diversificação das atividades do crime organizado e a necessidade de uma ação conjunta das autoridades para combater essas organizações. A sofisticação das operações dessas facções, agora envolvendo licitações públicas, destaca a importância do compliance. Um programa eficaz pode ajudar a prevenir, detectar e corrigir irregularidades, promovendo uma cultura de integridade e transparência nas prefeituras e órgãos públicos para evitar novos casos de corrupção e fraude.
Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br Imagem Gaeco – Ministério Público Pará