Eleitores digitaram 13, número do PT, em vez de 50, que é o número do Psol, partido de Boulos
Autor: Eraldo Costa
No último domingo, aproximadamente 48,1 mil eleitores em São Paulo anularam seus votos ao digitarem o número 13, que corresponde ao PT, em vez do 50, número do PSOL, partido de Guilherme Boulos. Essa confusão ocorreu em um contexto eleitoral bastante acirrado, onde a diferença entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Boulos foi de apenas 25 mil votos.
Consequências do erro de digitação
Se metade dos eleitores que digitou o número do PT realmente pretendia votar em Boulos, ele poderia ter superado Nunes. Além disso, cerca de 19 mil eleitores escolheram o número 22, do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. A confusão é atribuída ao candidato Pablo Marçal, que, durante os debates, erroneamente afirmou que o número 13 era de Boulos.
Desinformação e seus efeitos
Durante a campanha, Boulos esclareceu que o número correto era 50, mas a desinformação já havia causado um impacto significativo. A equipe de Boulos denunciou essa confusão como uma estratégia de Marçal, enquanto o coordenador da campanha, Rui Falcão, acredita que o erro pode ter surgido do hábito de alguns eleitores de votarem em partidos e candidatos de forma repetida.
Zonas eleitorais mais afetadas
A Zona Eleitoral onde Boulos potencialmente perdeu mais votos devido ao “número errado” foi em São Mateus, na Zona Leste, onde 1,3% dos eleitores apertaram o número do PT na urna. Situações semelhantes ocorreram no Jardim Helena e na Cidade Tiradentes, ambas na periferia da Zona Leste. Curiosamente, nessas três zonas eleitorais, Boulos venceu a eleição, sugerindo que os erros ocorreram mais onde ele já possuía uma base de apoio significativa.
Sinal amarelo para as próximas eleições
Esse episódio destaca a importância da clareza nas informações durante o processo eleitoral. A confusão gerada por erros de digitação e desinformação pode ter consequências significativas em uma eleição tão disputada. Portanto, acompanhar as informações corretas é fundamental para garantir que a vontade do eleitor seja respeitada. A necessidade de uma comunicação clara e precisa se torna um alerta para as próximas eleições, a fim de evitar que situações semelhantes se repitam.
Fonte: www.oglobo.globo.com / Imagem: Reprodução redes sociais