Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem adesão de 82 países
Autor: Eraldo Costa
Vitória diplomática do Brasil ao conquistar apoio de 82 nações em aliança contra a fome e a pobreza. O Brasil consolidou sua liderança internacional no combate à fome e à pobreza durante sua presidência do G20. Ao promover a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o governo brasileiro conseguiu adesão de 82 nações e organizações internacionais. A iniciativa, discutida durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, visa implementar políticas que promovam a produção sustentável de alimentos, proteção social e apoio à agricultura familiar, principalmente nos países em desenvolvimento, os mais afetados pela insegurança alimentar.
Aliança Global: Uma resposta à crise mundial de fome
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo Brasil, reforça a ideia de que o combate à fome deve ser uma ação coordenada e global. Estima-se que mais de 730 milhões de pessoas enfrentam fome no mundo, uma situação que se agrava com as mudanças climáticas e a instabilidade econômica. A aliança também incorpora princípios de sustentabilidade, prevendo apoio a sistemas agrícolas sustentáveis e ações de fortalecimento da segurança alimentar, especialmente na África e Ásia, onde a situação é mais crítica.
Participação da Argentina e a surpresa com o recuo de Milei
No encontro, o presidente da Argentina, Javier Milei, chamou atenção ao participar da aliança, algo que pegou muitos de surpresa devido às suas posições tradicionais. Conhecido por seu discurso polarizador e por adotar uma retórica que ecoa a postura de Donald Trump, Milei foi descrito por observadores como um “chaverinho de Trump”, agindo mais como um elemento disruptivo do que como um colaborador no evento. Mesmo assim, seu apoio à aliança foi visto como uma concessão inesperada em meio à resistência que vinha apresentando a políticas multilaterais e a pautas como a tributação das grandes fortunas e a igualdade de gênero.
Repercussão internacional e próximos passos
A iniciativa brasileira, que inclui apoio à agricultura familiar e produção sustentável, foi elogiada por líderes globais e reforçou a posição do Brasil como um agente ativo em políticas de desenvolvimento. A adesão de países que inicialmente mostravam resistência, como a Argentina, reflete o impacto diplomático do evento e projeta expectativas sobre como a coalizão avançará em futuras ações globais.
Fonte: www.noticias.uol.com.br / Imagem: Instituto BioSistêmico