Vereadores decidem deixar a votação de anistia para 2025.
Redator: Eraldo Costa
A Câmara Municipal de Guarulhos foi novamente convocada para sessões extraordinárias nesta quarta-feira (27/11). O objetivo é deliberar sobre dois projetos-chave enviados pelo prefeito Guti (PSD): o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) e o regramento para promoção de servidores efetivos da Casa. Guti insiste na necessidade de sessões contínuas até que os textos sejam aprovados.
O PPI, apelidado por Guti de “Black Friday de Guarulhos”, busca reduzir juros e multas de dívidas tributárias e não tributárias junto à prefeitura. Os combustíveis continham 100% de anistia para adesões até 23 de dezembro e condições mais restritivas até fevereiro de 2025, incluindo opções de parcelamento. O prefeito defende que o programa ajude a equilibrar as finanças da administração atual, reduzindo os passivos fiscais.
Decisão da Câmara e o fortalecimento de Lucas Sanches
Na segunda-feira (25/11), os vereadores decidiram adiar a votação para 2025, após o cancelamento das sessões devido à falta de quórum. A decisão é interpretada como uma vitória do prefeito eleito Lucas Sanches (PL), que vê o adiamento como uma estratégia para sua gestão, no contexto da política de transição. Diante desse impasse, Guti tenta reverter a decisão e ainda busca uma forma de viabilizar a aprovação do PPI antes do fim do ano.
A equipe de Lucas argumenta que aprovar o programa ainda este ano comprometeria o orçamento da próxima administração. Em contrapartida, aliados de Guti defendem que o PPI traria benefícios imediatos à população e à caixa municipal.
Comparações com outras cidades
Outros municípios que implementaram programas semelhantes em outubro já coletaram resultados positivos, com aumento de arrecadação. Porém, em Guarulhos, o debate político trava a tramitação. Especialistas destacam que a decisão reflete a disputa de forças entre a gestão atual e a equipe do prefeito eleito, com impacto direto nas finanças públicas.
Perspectivas e repercussões
Se o projeto não for aprovado em 2023, sua revisão e votação dependerão da nova gestão. Isso oferece a Lucas Sanches a oportunidade de ajustar o programa às suas prioridades fiscais. Enquanto isso, a população aguarda pela possibilidade de regularizar suas dívidas em condições facilitadas.
O adiamento acentua as dificuldades da transição política em Guarulhos e destaca os desafios de equilibrar responsabilidades financeiras e prioridades administrativas.
Fonte: Equipe guarulhos em foco / Imagem: Reprodução