‘MAGA’, ‘América primeiro’ e ‘Era de Ouro’: Glossário Trump.
Uma das protagonistas da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, Pamela Hemphill, rejeitou o perdão concedido recentemente por Donald Trump. A decisão de Hemphill surpreendeu muitos, considerando sua história como apoiadora do ex-presidente. Veja os detalhes dessa polêmica e as reviravoltas em torno do caso.
Uma posição inesperada
Pamela Hemphill, conhecida como “vovó MAGA”, rejeitou publicamente o perdão oferecido por Trump. Sentenciada a 60 dias de prisão por sua participação na revolta, ela afirmou que aceitar o perdão seria uma afronta aos policiais do Capitólio, ao Estado de Direito e à nação. “Estávamos errados naquele dia, infringimos a lei. Não deveria haver perdões”, disse Hemphill em entrevista à BBC.
A ex-conselheira também destacou que reconhecer sua culpa foi uma questão de responsabilidade pessoal. “Aceitar o perdão apenas contribuiria para o gaslighting e a narrativa falsa que eles querem construir”, afirmou.

A polêmica decisão de Trump
Poucas horas após deixar o cargo, Donald Trump concedeu perdões ou comutações de pena a cerca de 1.600 pessoas envolvidas na tentativa de anular o resultado da eleição de 2020. Entre os perdoados está Jacob Chansley, o “QAnon Shaman”, que cumpriu 27 meses de uma pena de 41 meses de prisão.
A decisão gerou críticas até mesmo dentro do Partido Republicano. Políticos como o senador Thom Tillis, da Carolina do Norte, afirmaram que a medida compromete a segurança do Capitólio e levanta dúvidas sobre o compromisso com a lei e a ordem.
Mudança de perspectiva
Durante o tempo na prisão, Hemphill revisitou suas crenças e se afastou do movimento MAGA. Hoje, ela defende que os participantes da invasão sejam responsabilizados e que a história não seja reescrita para justificar os atos de 6 de janeiro.
“Não quero ser usada como exemplo de algo que não representa a verdade”, afirmou Hemphill, em um recado direto ao ex-presidente.
Rejeição ao perdão: direito ou insulto?
Embora a Constituição dos EUA permita que um indivíduo recuse um perdão presidencial, como determinado pela Suprema Corte, o caso de Hemphill traz à tona questões mais profundas sobre responsabilidade pessoal e accountability.
Por outro lado, a polêmica continua. Jacob Chansley, por exemplo, celebrou o perdão de forma efusiva, descrevendo a decisão como “liberdade”.
Glossário do que Trump
Plano ‘MAGA’ (Make America Great Again)
O principal slogan da campanha e da administração de Trump buscava fortalecer a economia americana, proteger os investimentos locais, reforçar a segurança nas fronteiras e priorizar os interesses nacionais em acordos internacionais.
Plano ‘América Primeiro’
Uma abordagem focada em políticas externas e econômicas que colocassem os Estados Unidos como prioridade máxima. Isso incluiu a renegociação de tratados comerciais e o fortalecimento da indústria doméstica.
Promessa de uma ‘Era de Ouro’
Trump projetou uma visão de crescimento econômico acelerado, infraestrutura modernizada, reduções fiscais e revitalização do sonho americano. Essa promessa simbolizava otimismo e prosperidade para o futuro do país.
Reflexões finais
A rejeição de Pamela Hemphill ao perdão de Trump é um lembrete poderoso de que admitir erros é parte do processo de reconstrução. Enquanto alguns celebram o perdão presidencial como uma vitória, outros o veem como um retrocesso na busca por justiça e responsabilidade.
O debate está longe de terminar, e os desdobramentos do 6 de janeiro ainda ecoam no coração da política americana. Como essa narrativa será escrita nos livros de história é algo que apenas o tempo dirá.
Fonte: www.noticias.uol.com.br / Redator: Eraldo Costa / Foto: CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP