O paradoxo da política Brasileira: “Deputados Presentes” Só às quartas, mas o povo, Ôh!!!
Agora, meus amigos, a revolução está feita: os deputados terão obrigatoriamente que comparecer à Câmara para votar uma vez por semana, e pasmem, será apenas nas quartas-feiras, das 16h às 20h. Claro, porque a democracia brasileira só precisa de quatro horas semanais para funcionar, não é mesmo? O presidente da Câmara, Hugo Motta, publicou nesta segunda-feira (10) um ato que oficializa as votações obrigatórias apenas ás quartas-feiras na Casa, como se dissesse: “Agora que a votação presencial está resolvida, o resto é só detalhe”. A votação? Ah, isso pode ser remoto. Menos nas quartas, claro. Afinal, precisamos de alguma justificativa para a presença física.
Nas Segundas e Sextas, o “Esquema Flexível”
Nas segundas e sextas-feiras, a coisa se flexibiliza. Os deputados podem votar remotamente, sem sair de casa, com apenas o registro de presença pelo aplicativo Infoleg. Não é maravilhoso? Pensar bem, é uma grande evolução para o trabalho parlamentar! Claro, porque o trabalho remoto já está superado, certo? Talvez os deputados devam também adotar o “home office” no fim da semana, só para mostrar que estão realmente comprometidos.
Discursos: A arte de falar sem ser interrompido
E o que mais mudou? Os discursos, claro. Agora, cada deputado terá o privilégio de falar por três minutos nos 90 minutos iniciais de cada sessão. Sem apartes. Porque a arte de falar sem ser interrompida é, de fato, o ápice da democracia. Depois disso, só dois deputados têm direito a 15 minutos de fama, mas atenção: quem falou primeiro, fala por mais tempo. O destino? Um sorteio eletrônico. Porque, no fundo, ninguém quer ouvir vitórias desnecessárias de mais de dois parlamentares.
A Grande pergunta: Onde está a lógica?
É claro que essa estratégia deixa um gosto de “estamos fazendo o possível” e levanta um grande questionamento: por que apenas uma vez por semana? Enquanto grande parte da população brasileira se desgasta com jornadas 6×1, os deputados recebem um plano de trabalho que inclui um tempo mínimo de presença semanal e a possibilidade de participar das reuniões de pijama. Sem contar que, com negociações generosas, seria mais do que justo que os representantes do povo adotassem um regime de trabalho mais intenso, não? Mas quem sou eu para questionar essa lógica tão inovadora.
Afinal, o Brasil agora tem um sistema que mistura o presencial e o remoto, criando um “esquema flexível” que só poderia ser mais democrático se os deputados também trabalhassem de madrugada e aos fins de semana. Ah, sim, porque a democracia realmente precisa de tanto descanso.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br / Redator: Eraldo Costa / Imagem: Divulgação