Estacionamento irregular em calçadas compromete mobilidade de moradores no centro de Guarulhos.
Na Rua Camila Martins dos Santos, uma travessa discreta paralela à movimentada Avenida Dr. Timóteo Penteado, em Guarulhos, a rotina dos moradores tem sido literalmente atropelada pelos carros que ocupam toda a via durante os velórios realizados no Cemitério Islâmico, localizado na Avenida Dr. Timóteo Penteado, 1509 – CEP 07094-000.
O problema se agrava por um detalhe estrutural que muitos motoristas ignoram: trata-se de uma rua sem saída. O que deveria ser uma área tranquila para os moradores acaba se transformando em uma via praticamente intransitável.
Trânsito travado até para a ambulância
Veículos estacionados irregularmente em frente a portões, sobre calçadas e até mesmo bloqueando o único caminho de entrada e saída da rua impedem ações básicas como entregas, socorro médico e transporte escolar. Em dias de chuva, crianças precisam descer na avenida e caminhar até suas casas sem a menor segurança, pois as vans escolares não conseguem acessar a rua.
Emergências viram tragédias anunciadas quando ambulâncias são obrigadas a dar meia-volta. E, mesmo com a sinalização de proibição de estacionamento e diversas multas aplicadas, os infratores continuam ignorando as regras.
Multas que não assustam, moradores encurralados
Moradores relatam que, mesmo após sucessivas denúncias à Secretaria de Transportes e Trânsito de Guarulhos, as medidas adotadas não surtem efeito. A sensação é de abandono: o descaso com a sinalização e a reincidência dos motoristas desafiam a autoridade pública e colocam em risco a segurança da vizinhança.


A presença constante dos veículos durante os velórios intencifica o problema e transforma cada despedida em um novo capítulo de tensão para quem só queria chegar ou sair de casa em paz.
Terreno tem, o que falta é consciência.
A ironia do caso é gritante: existem espaços ociosos que poderiam ser úteis, mas a ausência de fiscalização constante e de soluções práticas mantém o problema vivo. E quem paga o preço são os moradores, diariamente. Com um mínimo de organização e boa vontade, esses terrenos poderiam ser adaptados como estacionamento alternativo. Mas não. A preferência dos condutores continua sendo parar em frente aos portões das residências.
Via sem saída
A via, que é sem saída, fica completamente bloqueada. Calçadas são ocupadas por carros, acesso às casas é dificultado, e o caos afeta toda a rotina. Entregas não chegam. Ambulâncias não passam. Crianças descem longe de casa para caminhar pela avenida, mesmo sob chuva. O caso chama atenção para uma questão maior: como espaços residenciais são frequentemente ignorados em nome da praticidade de terceiros. A Rua Camila Martins dos Santos representa centenas de outras que sofrem com o trânsito desorganizado em áreas urbanas. É hora de abrir espaço para o diálogo, mas principalmente, para as viaturas de emergência, os caminhões de entrega e as famílias que vivem ali.
Fonte: Própria / Redator: Eraldo Costa / Imagem: Reprodução