Redação: Eraldo Costa
O indivíduo detido no Aeroporto de Guarulhos durante a Operação Trapiche se destaca como uma peça-chave para evidenciar as rotas utilizadas por supostos terroristas. Sua prisão levanta questionamentos sobre a possível conexão de rotas internacionais utilizadas por grupos extremistas. Este acontecimento ressalta a importância da vigilância e segurança em terminais aeroportuários, destacando Guarulhos como um ponto estratégico nas investigações sobre atividades terroristas.
As autoridades federais conduziram dois mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão, emitidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte, em Minas Gerais e no Distrito Federal, como parte da Operação Trapiche. Um dos alvos foi detido no Aeroporto de Guarulhos. A operação, liderada pela Polícia Federal, visa prevenir atos terroristas no país.
A Operação Trapiche investiga o possível recrutamento de brasileiros para a execução de atos extremistas. Policiais federais cumpriram mandados em Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. Os envolvidos podem enfrentar acusações de constituir ou integrar organizações terroristas, assim como realizar atos preparatórios de terrorismo, crimes cujas penas máximas, somadas, alcançam 15 anos e 6 meses de reclusão.
O balanço da ação inclui sete mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, três no Distrito Federal e um mandado de busca e apreensão e dois de prisão temporária cumpridos em São Paulo.
Além disso, houve um mandado de busca e apreensão cumprido em Goiás e, posteriormente, um mandado de prisão empreendido no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que os crimes relacionados à Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, sendo inafiançáveis e sujeitos ao cumprimento inicial em regime fechado.
A Operação Trapiche tem como base informações de possíveis recrutamentos para atividades terroristas e visa obter provas para interromper ações preparatórias de terrorismo. Autoridades foram alertadas sobre a suspeita de recrutamento por terroristas do Hezbollah, com a Embaixada de Israel entre os possíveis alvos.
Essas ações, motivadas por alertas dos serviços de inteligência de Israel e dos Estados Unidos, indicam que brasileiros estariam sendo treinados no Líbano pelo Hezbollah para realizar atentados. Dois dos alvos da operação têm ligação suspeita com o grupo terrorista. As diligências ocorrem em Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal, e dois suspeitos estão sendo procurados no exterior, um libanês e um sírio naturalizado brasileiro.
Fonte: www.metropoles.com.br