Aeroporto Internacional de Guarulhos: Crise humanitária com refugiados Afegãos persiste
Autor: Eraldo Costa
Histórico e Contexto
Desde 2021, o Aeroporto Internacional de Guarulhos se tornou ponto de chegada para refugiados do Afeganistão, após a retirada das tropas dos Estados Unidos. A situação se agravou com o retorno do Talibã ao poder, levando 122 pessoas recem- chegados a aguardar acolhimento na região metropolitana de São Paulo.
Desafios e Assistência
A administração municipal de Guarulhos está mobilizada para oferecer atendimento emergencial aos afegãos, que chegam ao país com visto humanitário. A Prefeitura fornece café da manhã, almoço e jantar, além de água e cobertores. As equipes de apoio estão disponíveis para atender a quaisquer necessidades emergenciais, incluindo cuidados de saúde, vacinação e atendimento médico.
A preocupação com a saúde dos refugiados é evidente, com a identificação de dois casos de sarna entre eles. O atendimento médico é assegurado pelas unidades básicas de saúde da região. Além disso, são oferecidos auxílio para a obtenção de documentos, como CPF, e cursos de português.
Mesmo com 207 vagas de acolhimento disponibilizadas pela Prefeitura e 50 pelo governo estadual de São Paulo, todas estão ocupadas, refletindo a urgência e a complexidade da situação.
A Ocupação dos EUA e a Retomada do Talibã
O retorno do Talibã ao poder em 2021 intensificou o êxodo dos afegãos para países neutros, como o Brasil. Ao reassumir o controle, o Talibã impôs sua interpretação rigorosa da Sharia, resultando em execuções, punições físicas e restrições severas, especialmente para mulheres.
A ocupação dos Estados Unidos no Afeganistão, iniciada em 2001 em resposta aos ataques de 11 de setembro, visava desmantelar as bases do grupo terrorista Al Qaeda, abrigado pelo Talibã. Após duas décadas de operações militares, o controle radical foi retomado em 2021.
O desafio humanitário em Guarulhos destaca a necessidade de resposta eficaz diante da crise, enquanto o município busca lidar com as complexidades dessa situação de emergência.
Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br / Imagem