Redator: Eraldo Costa
Daniel Alves, ex-jogador de futebol, chorou durante seu depoimento ao Tribunal de Barcelona, na Espanha, onde enfrenta uma acusação de estupro feita por uma mulher de 23 anos. Durante seu testemunho, ele apresentou uma quinta versão dos eventos, alegando ter bebido demais, mas reafirmando que a relação foi consensual.
Relato de Daniel Alves
Daniel Alves afirmou que consumiu bebida alcoólica, mas negou ter forçado a denunciante a entrar no banheiro onde teria ocorrido o suposto abuso. Ele detalhou que estava com amigos desde a tarde até a noite do dia do ocorrido, tendo consumido vinho, uísque e gim tônica. Após saírem de um restaurante, foram para uma boate, onde ele e um amigo chamaram duas meninas para a mesa e dançaram de forma respeitosa. Durante a dança, ele admitiu ter colocado a mão na parte íntima da menina e a ter chamado para o banheiro, onde tiveram relações sexuais.
Contexto do Julgamento
Daniel Alves está preso preventivamente há cerca de um ano e teve três pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga do país. O Tribunal de Barcelona rejeitou um pedido do Ministério Público da Espanha para que a audiência fosse realizada com portas fechadas. As sessões foram abertas, com a presença da imprensa em uma sala separada, mas sem captações de áudio ou imagem.
Depoimentos Anteriores
Antes do depoimento de Daniel Alves, foram ouvidos três amigos do jogador, três empregados da boate, um advogado convocado por uma amiga da denunciante, 11 policiais e um policial que gravou o relato da vítima com uma câmera na farda. A esposa de Daniel Alves também depôs, assim como um sócio da boate.
Consequências do Caso
A pena para esse tipo de crime pode chegar a 12 anos de reclusão, mas o Ministério Público solicitou nove anos de prisão. A tendência é que, se condenado, Daniel Alves permaneça recluso por no máximo seis anos, devido ao pagamento prévio de 150 mil euros pela defesa. O MP também solicitou dez anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, além de proibi-lo de se aproximar da vítima ou de se comunicar com ela pelo mesmo período.
Fonte: /www.otempo.com.br / Imagem: