PT e PL se unem para buscar a cassação do senador Sérgio Moro e disputam a cadeira de Olho na Sucessão.
Redator: Eraldo Costa
O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL), apesar de tradicionalmente estarem em lados opostos do espectro político, uniram forças em uma ação conjunta: buscar a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União-PR). Essa aliança surpreendente reflete a importância estratégica da cadeira de Moro e a intensa disputa política que se desenha nos bastidores.
Cassação de Sérgio Moro: União Inusitada
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) iniciou o julgamento das ações movidas pelo PT e pelo PL contra a chapa de Moro, acusado de abuso de poder econômico. Se a cassação for confirmada, uma eleição suplementar será convocada, abrindo espaço para uma acirrada disputa entre os dois partidos pela vaga no Senado.
Disputa Interna no PT
Dentro do PT paranaense, já há uma disputa interna em curso para definir o candidato do partido. A deputada Gleisi Hoffmann, presidente da sigla, e o deputado Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu, surgem como principais nomes. Essa indefinição também afeta a estratégia do PT em relação às eleições municipais em Curitiba.
Opções no PL
No campo do PL, o ex-deputado Paulo Martins desponta como a opção mais natural. Com uma forte votação em 2022, ele já manifestou interesse em concorrer novamente. Além disso, há rumores sobre a possível candidatura da presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, que poderia trazer uma dimensão nacional à disputa regional.
Outras Alternativas
Outros nomes também estão sendo cogitados para a vaga de Moro. O ex-governador Roberto Requião, após se desfiliar do PT, pode concorrer pelo recém-criado PRD. Já a deputada Rosângela Moro, esposa de Sérgio Moro, transferiu seu título de eleitor para o Paraná, o que a coloca como uma alternativa real.
Na política, não há amigos eternos nem inimigos definitivos
A união entre PT e PL em busca da cassação de Moro evidencia a volatilidade e as alianças surpreendentes da política brasileira. Enquanto a batalha jurídica se desenrola, os partidos já se preparam para a sucessão, demonstrando que, na política, não há amigos eternos nem inimigos definitivos.
Fonte: www.odia.ig.com.br / Imagem reprodução