Consumidores devem evitar estocar arroz, alertam Associações
Redator: Eraldo Costa
Não há previsão de falta de arroz nos supermercados brasileiros neste ano. A produção do grão no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional, foi impactada pelas enchentes, mas 84% da área cultivada já foi colhida antes do início das chuvas. Isso significa que a projeção da safra 2023/2024 é de aproximadamente 7.150 toneladas, apenas 1,24% menor que a safra anterior.
Medidas para garantir o abastecimento
Para garantir o abastecimento, o governo federal autorizou a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz. A medida visa recompor os estoques públicos e evitar especulações de preço. A importação deve acontecer principalmente dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai.
Restrição de vendas nos supermercados
Algumas redes de supermercados no Brasil começaram a restringir a venda de pacotes de arroz em resposta ao comportamento de consumidores que estão comprando mais do que o necessário, temendo a falta do produto nos próximos meses. Essa medida visa evitar estoques desnecessários e garantir que todos tenham acesso ao produto a um preço acessível.
Impacto nas regiões produtoras
Apesar das enchentes, os produtores garantem que não há risco de desabastecimento. O problema atual é o transporte do arroz, especialmente nas regiões mais afetadas pelas chuvas. Muitos produtores perderam seus solos devido às enchentes, o que pode impactar a produção na próxima safra.
Entidades garantem o abastecimento
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) através de sua Diretora-executiva Gislaine Balbinot, asseguram que o abastecimento no varejo está normalizado, com diversas marcas e preços disponíveis. Com uma ressalva, as entidades recomendam que os consumidores não façam estoques em casa, para que todos possam ter acesso ao produto de forma contínua, e para que os preços continuem estáveis.
Alexandre Velho, presidente da Fedearroz, esclareceu que atualmente há um “problema momentâneo de logística”, especialmente na conexão com áreas rurais do Rio Grande do Sul. No entanto, as rotas para os grandes centros, como a BR-101, estão operando normalmente. Ele afirmou: “Temos uma quantidade suficiente de arroz para enviar para as regiões centrais do Brasil. Portanto, não há problemas de abastecimento nem necessidade imediata de importação.
Perspectivas para a próxima safra
É importante monitorar a qualidade do grão armazenado, pois muitos locais de armazenamento foram comprometidos pelas enchentes. A expectativa é de que o governo federal e estadual trabalhem em conjunto para auxiliar os produtores, especialmente os pequenos e médios, que podem enfrentar dificuldades devido às perdas causadas pelas enchentes.
Sem previsão de falta
Apesar dos desafios enfrentados pelos produtores de arroz no Rio Grande do Sul devido às enchentes, não há previsão de falta de arroz nos supermercados brasileiros. Medidas estão sendo tomadas para garantir o abastecimento, como a importação do produto e a recomposição dos estoques públicos. A colaboração de todos, evitando estoques desnecessários, é fundamental para manter o equilíbrio do mercado e garantir o acesso ao alimento para toda a população.
Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br / Imagem Marcelo Casl Jr/Agência Brasil