O CD “Outro Lado da Moeda” com a música “Tô Solto na Night” foi um sucesso.
Autor: Eraldo Costa
Nesta Terça-feira (24), a Justiça de Pernambuco revogou a ordem de prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima. A decisão, proferida pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão da 4ª Câmara Criminal do Recife, ocorreu apenas um dia após a decretação do mandado, que foi emitido em 23 de setembro.
Contexto da decretação da prisão
O cantor estava em Miami, nos Estados Unidos, no momento em que sua prisão foi determinada. Ele havia viajado para o exterior pouco antes da decisão judicial, que o incluiu em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco. Esta operação investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos de azar. Gusttavo Lima, que se apresentou no Rock in Rio no último domingo, foi um dos alvos, assim como a influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, que também foram presas.
Declarações do cantor
Em uma entrevista ao colunista Leo Dias, Gusttavo Lima reiterou sua inocência e expressou confiança na revogação da prisão. “Estou em Miami e a prisão vai ser revogada. Tenho fé em Deus,” declarou o artista, enfatizando que não cometeu crime algum e que não há evidências contra ele.
Decisão judicial e argumentos
A juíza Andrea Calado da Cruz, que inicialmente decretou a prisão, justificou sua decisão ao afirmar que Gusttavo Lima demonstrou desrespeito à Justiça por supostamente abrigar foragidos e realizar transações financeiras suspeitas. Ela também mencionou que, após uma viagem à Grécia, o avião que transportou o cantor poderia ter deixado dois investigados no exterior, o que aumenta a gravidade do caso.
No entanto, a decisão do desembargador Maranhão não apenas revogou a prisão, mas também cancelou a suspensão do passaporte e outras medidas cautelares impostas anteriormente. O magistrado afirmou que as justificativas para a prisão se baseavam em “meras ilações impróprias e considerações genéricas”.
Defesa do Cantor
A defesa de Gusttavo Lima emitiu um comunicado ressaltando que a decisão da juíza estava em desacordo com os fatos já apresentados. Eles afirmaram que medidas legais estão sendo tomadas para contestar a prisão e reafirmaram a inocência do cantor, além de destacar a falta de envolvimento dele ou de suas empresas nas atividades investigadas.
Miami
É importante notar que Gusttavo Lima estava fora do país no momento em que a prisão foi decretada, o que pode ter influenciado a estratégia de sua defesa. A rápida revogação da prisão sugere que a equipe jurídica do artista agiu de forma eficaz, utilizando o tempo que ele passou em Miami para contestar a decisão judicial. Assim, a combinação do tempo fora do Brasil e a resposta ágil da defesa resultaram em uma reavaliação da situação. Sem dúvida, cabe uma reflexão sobre quantos no Brasil têm garantidos os direitos de que os acusados sejam respeitados em todas as etapas do processo. Essa situação sublinha a relevância de um processo judicial justo, onde a presunção de inocência deve prevalecer até que se prove o contrário, para todos, sem exceção: ricos, famosos, pobres ou anônimos.
Fonte: www.metropoles.com / Imagem: reprodução