As contas fazem parte de redes pró-Trump e pró- kamala Harris que compartilham o conteúdo umas das outras várias vezes ao dia
Autor: Eraldo Costa
Durante as eleições, a proliferação de fake news nas redes sociais, como o X (antigo Twitter), se intensifica. Usuários comprometidos em influenciar o cenário político aproveitam estratégias de monetização para obter lucros com a disseminação de informações falsas. Desde teorias conspiratórias até imagens geradas por inteligência artificial (IA), a tática visa alcançar altos níveis de engajamento e potencializar seus ganhos.
Atualização das regras do X em outubro de 2024
Nos últimos anos, as redes sociais se consolidaram como canais de ampla disseminação de fake news, especialmente em contextos eleitorais. Perfis políticos de diferentes espectros aproveitam para compartilhar conteúdos enganosos que reforçam suas visões, incluindo acusações sem fundamento, narrativas distorcidas e teorias da conspiração. Com a atualização das regras do X em outubro de 2024, contas certificadas passaram a receber pagamentos com base no engajamento de usuários premium, incentivando ainda mais o compartilhamento de informações polêmicas para maximizar lucros.
Vídeo(Jovem Pan): Plataforma X paga usuários para compartilhar fake news sobre eleições dos EUA, segundo BBC
Principais formas de monetizar a desinformação eleitoral
- Patrocínios e Publicidade Direta: Perfis com alta visibilidade atraem marcas e patrocinadores, que pagam pela exposição, muitas vezes sem avaliar a veracidade do conteúdo.
- Afiliados de Produtos: Links afiliados em postagens ajudam usuários a lucrar com comissões, promovendo produtos e serviços para seu público engajado.
- Doações de Seguidores: Usuários verificados podem receber doações incentivadas por conteúdos que ressoam com as opiniões de seu público.
- Imagens e Vídeos Gerados por IA: Fotos e vídeos falsos são amplamente compartilhados, criando narrativas enganosas que impulsionam visualizações e compartilhamentos.
- Cursos e Consultorias: Alguns criadores vendem cursos sobre “como crescer nas redes sociais” ou até “estratégias de influência”, lucrando com a promessa de ensinar táticas eficazes.
- Conteúdos Patrocinados por Figuras Políticas: Políticos ou candidatos ao Congresso buscam apoio em contas influentes para reforçar suas campanhas, ampliando a visibilidade desses perfis.
- Lançamento de Produtos: Alguns perfis lucram lançando e promovendo produtos próprios, atraindo seguidores que simpatizam com suas ideias.
- Vendas de Merchandising: Itens como camisetas, bonés e outros produtos com slogans polêmicos também são usados para monetizar o engajamento do público.
- Engajamento Pago em Postagens Controversas: Postagens polêmicas atraem interações, que resultam em pagamento para contas verificadas conforme o novo sistema do X.
- Parcerias com Sites de Notícias Alternativas: Contas populares compartilham links para sites de notícias tendenciosas, recebendo comissões pelas visitas geradas.
Impacto da desinformação nas eleições e na opinião pública
A disseminação de fake news afeta profundamente o processo democrático ao intensificar a polarização entre eleitores. Ao manipular informações e distorcer a realidade, essas redes impactam a confiança nas instituições e geram dúvidas sobre a integridade do sistema eleitoral. A crescente complexidade das imagens criadas por IA e o incentivo financeiro em plataformas sociais tornam a luta contra a desinformação um desafio urgente para preservar a credibilidade das eleições.
Fonte: www.msn.com / imagem reprodução(BBC)