Agronegócio brasileiro reage com contraofensiva ao boicote.
Autor: Eraldo Costa
O Carrefour da França anunciou que não comprará mais carne de países do Mercosul — Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A decisão, segundo o CEO Alexandre Bompard, tem como objetivo iniciar o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. O executivo afirmou que a medida visa proteger o mercado francês de produtos que, segundo ele, não seguem normas sociais e ambientais da UE.
Reação do Agronegócio Brasileiro
No Brasil, o anúncio gerou fortes respostas de representantes do agronegócio e do governo. O Ministério da Agricultura destacou a qualidade da produção brasileira e afirmou que o país cumpre normas internacionais de segurança alimentar e sustentabilidade. Organizações do setor agrícola prometeram responder ao boicote com campanhas de estímulo ao consumo de produtos da rede Carrefour no Brasil.
Impacto no Mercado e no Acordo Mercosul-UE
A decisão reflete sentimentos comerciais e ambientais entre o Mercosul e a União Europeia, especialmente relacionada ao acordo de livre comércio que está em negociação há mais de 20 anos. Na França, agricultores também protestaram contra o acordo, alegando concorrência desleal e ameaças à agricultura local.
Posicionamento do Carrefour Brasil
Embora a matriz francesa tenha adotado essa política, o Carrefour Brasil informou que continuará comprando carne de refrigeradores brasileiros e que a decisão não afetou suas operações locais. A empresa reiterou seu compromisso com a qualidade e a sustentabilidade dos produtos oferecidos no país.
Alegação
O boicote do Carrefour e as críticas ao acordo Mercosul-UE evidenciam o debate entre interesses econômicos e ambientais. Enquanto os setores europeus apontam preocupações com o desmatamento e a sustentabilidade, os representantes do Mercosul afirmam que medidas como essa ignoram os avanços e os compromissos reforçados pela região em termos de preservação ambiental e práticas de produção.
A controvérsia segue em debate e pode impactar as negociações do acordo, além de influenciar as relações comerciais entre os blocos.
Fonte: www.gazetabrasil.com.br / imagem: reprodução