Autor: Eraldo Costa
A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), destinada a resgatar brasileiros que estão no Líbano e desejam sair da zona de conflito, deve pousar em São Paulo no sábado, 5 de outubro. O avião, modelo KC-30, está atualmente em Lisboa, Portugal, aguardando a confirmação da operação de repatriação. A previsão é de que o voo com 220 passageiros chegue ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) às 9h30.
Situação no Líbano e operação de resgate
O território libanês tem sido alvo de intensos ataques israelenses, como parte de uma ofensiva contra o grupo extremista Hezbollah. A aeronave da FAB deverá pousar em Beirute nesta sexta-feira, 4 de outubro, por volta das 16h no horário local (10h em Brasília), dependendo de autorizações diplomáticas e de segurança devido ao conflito na região. O avião saiu da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada de quarta-feira (2) e chegou a Lisboa no mesmo dia.
Repatriamento e expectativa
Neste primeiro voo, a previsão é que 220 brasileiros sejam retirados do Líbano, principalmente moradores da capital, Beirute, e do Vale do Bekaa, áreas fortemente afetadas pelo conflito. De acordo com o Itamaraty, cerca de 3 mil brasileiros manifestaram interesse em retornar ao Brasil. A prioridade será dada a idosos, mulheres, crianças e pessoas que necessitam de assistência médica.
Mobilização e organização governamental
A decisão de iniciar a operação de repatriação foi tomada após uma conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler Mauro Vieira, durante um encontro no México. A embaixada brasileira em Beirute começou a organizar listas de repatriados desde a semana passada. No entanto, o número de pessoas interessadas pode oscilar, uma vez que algumas famílias conseguem sair por conta própria ou desistem de retornar ao Brasil.
Riscos da operação
Este resgate marca a segunda grande operação de retirada de brasileiros do Líbano desde 2006, quando cerca de 3 mil cidadãos foram repatriados durante um conflito similar entre Israel e Hezbollah. O governo brasileiro também considera outras rotas de evacuação, como o uso de bases aéreas russas na Síria ou até mesmo a retirada dos brasileiros via Chipre, caso a situação se agrave.
Conflito armado
O Líbano está em meio a um conflito armado, com bombardeios israelenses que têm como alvo o Hezbollah, mas que também atingem civis. Desde o início da ofensiva, dois brasileiros já perderam a vida. A situação de segurança na região continua incerta, influenciando diretamente as decisões do governo brasileiro em relação à repatriação.
Colaboração internacional
O chanceler Mauro Vieira se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, no último sábado (28) para discutir o conflito e as possibilidades de resgate. O Itamaraty monitora de perto o desenrolar dos acontecimentos e trabalha para garantir que a operação ocorra de forma segura e eficiente.
Fatores diplomáticos
A operação de resgate de brasileiros no Líbano depende de fatores diplomáticos e de segurança. O governo brasileiro segue monitorando a situação, enquanto organiza a logística necessária para trazer seus cidadãos de volta em segurança. A previsão é de que o primeiro grupo de repatriados chegue ao Brasil no sábado, 5 de outubro.
Fonte: www.g1.globo.com / Imagem: reprodução